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O espaço litúrgico e a preparação da liturgia.

Foto do escritor: Arquidiocese de PelotasArquidiocese de Pelotas

Deus se comunica conosco mediante sinais sensíveis. Na celebração da divina Liturgia temos um dos lugares mais excelentes em que Deus, no Cristo e pelo Espírito Santo, comunica ao seu povo o dom de sua presença salvadora. Por isso, a Liturgia é feita de sinais sensíveis que manifestam sua indispensável dimensão simbólico-sacramental. A começar pelo lugar físico em que acontece a celebração litúrgica. Este espaço deve ser limpo, arejado e sem excesso de plantas, imagens e “penduricalhos” que dificultam a concentração no mistério que se está celebrando.

Quatro são os elementos fundamentais que não devem faltar na organização do espaço litúrgico, pelos quais nos é dado perceber a presença amorosa de Deus na celebração da divina Liturgia:

1. O altar (símbolo de Cristo) - ponto de convergência e atenção, dentro do espaço celebrativo. E nada tem o direito de “roubar-lhe a cena”. Pois ele re- presenta (traz-nos presente à memória) o que é mais sagrado para nós: Cristo em sua entrega total por nós, ontem, hoje e sempre.

2. A mesa/ambão da Palavra - “a dignidade da palavra de Deus requer na igreja um lugar condigno de onde possa ser anunciada e para onde se volte espontaneamente a atenção dos fiéis no momento da liturgia da Palavra” (IGMR, nº 309). É espaço litúrgico de fundamental importância simbólico-sacramental, pois evoca a presença viva do Senhor falando para o seu povo.

3. O espaço da assembleia (nave) - Uma vez constituída, ela é uma comunhão de cristãos e cristãs, dispostos a ouvir atentamente a palavra de Deus e celebrar dignamente a Eucaristia. É o próprio corpo de Cristo, cujos membros somos cada um de nós. E isto significa que, como tal, deve tratar-se de uma assembléia altamente participativa (SC 14).

4. A cadeira da presidência - “A cadeira do sacerdote celebrante deve manifestar a sua função de presidir a assembléia e dirigir a oração” ( IGMR nº 310). Em outras palavras, a cadeira presidencial em destaque evoca a presença invisível do Cristo que preside a Liturgia na pessoa do ministro. (não deve ser ocupada pelo ministro extraordinário).

A preparação da celebração litúrgica deve ser feita antecipadamente levando em conta a assembleia que irá se constituir: celebração Eucarística ou da Palavra, formatura, celebração batismal, celebração matrimonial,... A equipe de celebração deve ler as leituras, salmo e evangelho do dia (se possível fazer a leitura orante) e só depois, tendo presente o tempo litúrgico, escolher os cantos, símbolos, gestos que ajudem a assembleia a celebrar mais e melhor. Os cantos escolhidos devem ser litúrgicos e não pastorais e preferencialmente nunca inserir mais que um canto novo em cada celebração, pois devemos cantar a missa e não cantar na missa.

É importante sempre dialogar com o presbítero ou com o ministro que presidirá a celebração partilhando com ele o que foi combinado.


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