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Pe. Jaime Souto

A missão de ensinar da Igreja


O cânone 747 nos coloca que a Igreja recebeu de Jesus Cristo o depósito da fé e, com a assistência do Espírito Santo, a guardasse e ensinasse a todas as gentes procurando sempre resguardar os direitos fundamentais da pessoa humana e a salvação das almas.

O Santo Padre Paulo VI numa alocução ao Congresso Internacional sobre a Teologia do Concílio Vaticano II (1º de outubro de 1966 (aas 58/66) nos diz: "a Igreja, tendo recebido do seu Divino Fundador o mandato de anunciar o Evangelho a todos os povos, para poder atuar de maneira conveniente nessa missão, foi constituída mestra fidelíssima da verdade e possui o carisma da verdade indefectivel. Consciente desse carisma, a Igreja nunca cessou de proclamar-se coluna e fundamento da verdade".

O cuidado e a explicação infalível da fé, confiados a Igreja, já havia sido afirmado no Concílio Vaticano i (sessão III, cap. 4 sobre fé e razão) como também foi ratificado pelo Concílio Vaticano II (LG 24). A afirmação está fundamentada na escritura onde se lê que o Senhor conferiu aos apóstolos o poder de ensinar com autoridade (Mt 28,18-19), prometeu a sua assistência no cumprimento desse mandato (Mt 28,20) e a assistência do Espírito Santo como espírito de verdade (Jo 14, 16-17).

Em razão da força da autoridade recebida de Cristo e do dom do Espírito Santo, prometido e enviado por Ele, o magistério da Igreja tem a função de ensinar e testemunhar a doutrina recebida dos apóstolos, de conserva-la livre dos erros e deformações, de julgar com autoridade as novas doutrinas, de propor novos aprofundamentos e novas aplicações daquilo que foi revelado (LG 25). O poder da Igreja é fundamentalmente único e original da única missão que Cristo confiou aos apóstolos.

É tarefa principal dos bispos e dos presbíteros o anúncio do Evangelho, sobretudo nas celebrações dos Sacramentos quanto em outros ritos litúrgicos. Cristo ordenou isso aos apóstolos e para assegurar a continuidade eles deixaram como sucessores os bispos e a eles confiaram o seu próprio lugar no magistério (DV 7). Eis porque o ofício de interpretar autenticamente a Palavra de Deus é confiado unicamente ao magistério atuante da Igreja, que com isso exercita um serviço à Palavra e ao povo de Deus. Dessa maneira a vida da igreja continua a proceder de acordo com a primitiva comunidade de Jerusalém, na qual os fiéis "eram assíduos em escutar os ensinamentos dos apóstolos” (At 2, 42).


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