O Instituto de Menores Dom Antônio Zattera é um dos locais mantidos pela Arquidiocese de Pelotas em parceria com outras empresas e pessoas de boa vontade atendendo diversas crianças, adolescentes e jovens.
Conheça um pouco da história do IMDAZ:
Em 3 de julho de 1924, nascia a Associação Protetora de Meninos Desvalidos, denominação esta substituída por Asilo de Meninos Desvalidos de Pelotas no ano de 1925, quando foi conferida personalidade jurídica a entidade assistencial. Fundada por Dom Joaquim Ferreira de Mello, então Bispo de Pelotas, a instituição foi mantida pela diocese, e funcionou, como externato, em prédio situado na rua Almirante Barroso, ao lado da Igreja Sagrado Coração de Jesus, anexa ao Asilo, criada pelo mesmo citado titular da diocese, ministrava ensino gratuito para os meninos desvalidos. Mantinha-se com subvenções governamentais, legados, donativos e esmolas. Nos 18 primeiros meses de sua existência, as condições materiais eram precárias, e a administração e ensino se ressentiam também da falta de professores.
A situação melhorou sensivelmente quando, em 1926, chegaram a pelotas para responder pelo Colégio Gonzaga, os Irmãos Lassalistas, substitutos dos Padres Jesuítas.
O sr. Bispo obteve de imediato a colaboração da Congregação Lassalista, que cedeu, graciosamente, 5 Irmãos, número esse que se manteve mais ou menos estável ao longo do tempo. Segundo registro de então, Dom Joaquim de Mello ficou impressionado com a cultura e bom desempenho pedagógico dos Irmãos Lassalistas. Convém lembrar que alguns deles eram europeus, franceses e espanhóis. Dentre os Lassalistas que, desde 1926, atuaram na nobre Escola destacaram-se como sucessivos diretores, Irmão Ernesto, Irmão Luís e Irmão Constantino Eusébio. O primeiro citado, oriundo da França, tratou logo de criar atividades extra-classe, como esporte, escotismo , e, em 1929, fundou o Grêmio dos Antigos Alunos.
A escola Sagrado coração de Jesus ou, como também era conhecida, o "Colégio da Igrejinha", prosperou rapidamente, tanto em quantidade como em qualidade, e mereceu a simpatia da comunidade. Consta que o Sr. Bispo e o Irmão Diretor percorriam a cidade, batendo à porta, principalmente de famílias abastadas, em busca de recursos. Em pouco tempo, já em 1926, estava concluída a construção do principal prédio, iniciado em 1924.
Considerando-se a época e a condição de ser a Escola mantida por entidade particular, é de surpreender o elevado número de alunos aí matriculados já no segundo ano de funcionamento 140 alunos. E foi aumentando ano após ano, chegando a 220 em 1929, e 300 em 1938.
A escola do Porto, como também era designada, gozou de merecida fama e carinho da parte da sociedade, principalmente dos que tiveram a sorte de frequenta-la.
Em 1942 o limite máximo de expansão havia sido atingido, abrigando cerca de 300 matrículas, foi quando o Dr. José Alecina Lemos, Juiz de Direito da 1ª vara de Menores de Pelotas, preocupado com o problema da infância abandonada, lançou uma subscrição pública com vistas à aquisição de imóvel para nele ser instalado um abrigo de menores, tendo , nesse afã, a colaboração do Delegado de Polícia Dr. Galeão Xavier de Castro. A população de Pelotas correspondeu generosamente à expectativa, contribuindo com vultuosa quantia em dinheiro, que possibilitou ao Dr. Alcina Lemos, adquirir da família Luiz Simões Lopes, por cinquenta mil cruzeiros um terreno amplo, com benfeitoria, situado em frente á estrada Domingos de Almeida, sem número, no Distrito do Areal.
Acreditando que, pelo interesse social que o pretendido abrigo representava, o Governo do estado o oficializaria, isto é, assumiria os encargos atinentes à sua manutenção, o digno magistrado fez escriturar o imóvel em nome do Estado, no segundo semestre desse mesmo ano de 1942.
Entretanto, conforme se lê em duas cartas do próprio Dr. Alsina Lemos, uma dirigida ao Interventor Federal no Estado, e outra ao Ministro da Justiça, ambas com data de 18 de dezembro de 1946, as coisas não aconteceram como o idealizador da obra planejara. Com efeito, o prédio, depois de adquirido pelo Estado, "permaneceu por muito tempo fechado e sem qualquer utilização". Apesar dos sucessivos apelos do Juiz de Menores, o Governo do Estado, alegando falta de recursos, não tomou a si os encargos correspondentes à destinação do imóvel, que era a instalação de um Abrigo de Menores, mas comprometeu-se a subsidiar outra entidade mantenedora. Em razão disso, por sugestão do mesmo Juiz de Menores, o então Secretário do Interior, Dr. Alberto Pasqualini, autorizou a entrega do imóvel à administração do Asilo de Meninos Desvalidos, situado no bairro do Porto, mantido pela Mitra Diocesana de Pelotas, cujo titular era, então, o Bispo Dom Antônio Zattera, sucessor de Dom Joaquim Ferreira de Mello, falecido em 1941.
Estava-se em março de 1944. O tempo que abrigo na citada expressão do Sr. Juiz de Menores, "permaneceu fechado e sem qualquer utilização", foi deveras longo - cerca de 18 meses.
Tão logo assumiu mais essa responsabilidade, Dom Antônio fez-se a campo em busca de recursos.
Em 26 de março de 1944, inauguração do Instituto de Menores de Pelotas, sucedendo e ampliando as ações do Asilo dos Meninos Desvalidos de Pelotas, sito Av. Domingos de Almeida, 3150.
Atualmente:
Atualmente, o trabalho é pautado no serviço de convivência e fortalecimento de vínculos, através de oficinas socioeducativas e atividades de reforço escolar, recreação e lazer direcionadas a crianças e adolescentes – de seis a 17 anos – em situação de vulnerabilidade social, vindas de famílias que comprovem renda de um salário mínimo ou que não tenham renda. Além de oferecer refeições, banho, cuidados com a higiene, acompanhamento nutricional e orientação educacional e religiosa para os menores, o Instituto também disponibiliza curso de capacitação e geração de renda aos pais e familiares dos assistidos.
O Instituto de Menores Dom Antônio Zattera funciona na avenida Domingos de Almeida, 3.150 e aceita doações da comunidade pelotense (alimentos, vestuário, material didático, móveis, utensílios e dinheiro) para o desenvolvimento de suas atividades. O telefone do local é o (53) 3228.5505.